sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
.:: O Tempo Contagem ::. Autor conta poesias na cidade.
Fundador da Academia Contagense de Letras lança primeiro livro impresso
Oescritor, contagense de coração, Lecy Pereira Sousa lança, oficialmente, a obra "Primeira Pessoa do Plural", Editora Árvore dos Poemas, neste sábado (20), a partir das 21h, no Armazém Bar Cultural. O
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Fórum 2008 é lançado para a imprensa em Belo Horizonte
A entrevista coletiva de anúncio da quarta edição do Fórum das Letras de Ouro Preto 2008, que vai acontecer entre os dias 5 e 9 de novembro, reuniu ontem, 15 de outubro, no FIEMG Trade Center, jornalistas de todas as mídias, representando veículos de comunicação de BH e da antiga Vila Rica. Marcaram presença o prefeito de Ouro Preto Angelo Oswaldo, a coordenadora geral do Fórum, a escritora Guiomar de Grammont, e o escritor Luiz Giffoni, que representou os autores participantes.
Para mais informações sobre o evento, acesse o site http://www.forumdasletras.ufop.br/.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Primeirapessoaplural
Eu na pluralidade
O livro de poemas "Primeirapessoaplural" é o primeiro livro publicado pelo selo "Árvore dos Poemas". Este selo é uma vertente do Projeto Pão e Poesia criado pelo poeta mineiro Diovvani Mendonça. O projeto Pão e Poesia tem sido amplamente divulgado pela mídia impressa e televisiva do Brasil por todo ano de 2008.
"Primeirapessoaplural" foi lançado em 16 de setembro de 2008, no Palácio das Artes, dentro do Projeto "Terças Poéticas" que tem o poeta Joaquim Palmeira como curador.
O livro reúne 42 poemas-curtos de Lecy Pereira, entre eles "Dilema do Eletropoema de um Fôlego Só" que pertence ao Projeto Pão e Poesia e é divulgado nos ônibus urbanos de Belo Horizonte por "A Tela e o Texto" da UFMG. Outros textos de autoria de Lecy Pereira podem ser conferidos no próprio site da UFMG http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/leituraparatodos_bh_noticias.html ou no site http://www.gostodeler.com.br/
Os poemas reunidos neste livro retratam um tempo de supostas convergências e divergências onde o "nós" é o personagem principal. Questionamentos, ironias e algum bom humor dão a tônica do texto. Impresso em papel reciclado, "Primeirapessoaplural" tem diagramação do artista contagense GA, reproduz telas do artista plástico italiano Guido Boletti e tem prefácio do escritor paulistano Paulo Urban.
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Primeirapessoaplural, Lecy Pereira Sousa, 62 páginas, Árvore dos Poemas, R$20,00. Contato para aquisição: diovvani@yahoo.com.br
terça-feira, 30 de setembro de 2008
A EDUCAÇÃO SOBRE SUSPEITA
A educação sob suspeita

"Tudo era loucura. Ele respeitava as namoradas e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras seguiam um impulso natural, e as segundas a um vício" - O alienista
*Marcos Fabrício Lopes da Silva
Há 100 anos o Brasil perdia um dos maiores expoentes da literatura universal: Machado de Assis. A intenção deste artigo é prestar-lhe homenagem, ao destacar e comentar a narrativa “Conto de escola”, publicada na Gazeta de Notícias, em 1884, e, 12 anos depois, incluída no volume Várias histórias, sob a perspectiva de investigar a expansão do ensino de primeiras letras e a escolarização da infância pobre no Brasil, associada à ideologia da elite imperial de construção e consolidação do Estado nacional.
A narrativa se desenrola no próprio ambiente escolar, “um sobradinho de grade de pau” na Rua do Costa, localizado na capital do Império. É significativo o fato de o contista ter identificado o narrador como estudante das séries primárias. Nos discursos educacionais oitocentistas, não se pode deixar de salientar o tipo de infância que é explorada no conto, relacionada ao estamento social menos favorecido. Por exemplo, Pilar, narrador-personagem do conto, se identifica como filho de um velho empregado do Arsenal de Guerra. Raimundo era filho do professor Policarpo, e, pela descrição do narrador, o mestre-escola não parecia ter muitas posses. Outra pista para a identificação da origem social do narrador é a fascinação deste pela moeda que Raimundo lhe oferece.
Raimundo propõe “um negócio, uma troca de serviços” a Pilar. Baseado na política do toma-lá-dá-cá, o filho do professor daria a moeda mediante a explicação de um ponto da lição de sintaxe pelo narrador-personagem. Merece ser destacado que o autor da proposta de suborno tem como pai mestre Policarpo; a mãe é ligada à elite imperial. Pilar, de origem humilde, “era dos mais adiantados da escola” e “dos mais inteligentes”. Ao se colocar na posição de aluno pertencente à infância pobre e se constituir capacitado intelectualmente, o narrador do conto desloca o discurso social elitista numa inversão de papéis: não era a sua classe inferior em conhecimentos, mas a classe originária da elite imperial, representada pelo colega Raimundo.
O narrador insiste em sua habilidade intelectual, associando-a a sua estrutura física: “Note-se que não era pálido nem mofino: tinha boas cores e músculos de ferro”, isto logo depois de caracterizar o colega Raimundo como pálido, mole e de inteligência tardia, contradizendo, assim, o discurso imperial. Este, conforme assinala José Pires de Almeida, em Instrução pública no Brasil (1580-1889), alertava que, diferentemente da classe inteligente, “voltada para o bem”, os filhos provenientes da classe miúda apresentavam a forte tendência de serem “fracos, pálidos e mal nutridos”. Além de “miscigenados”, eram ainda possuidores de “um fundo hereditário de depravação que transparecerá nas ocasiões de faltas e maus exemplos”.
A situação discursiva histórica analisada traz dois efeitos a ela apensos: a comunidade escolar infantil oitocentista se dividia em uma infância superior em faculdades físicas e mentais, representada pelos filhos da elite imperial, e uma infância inferior, desprovida de valores físicos, intelectuais e morais, incluindo aí a classe “miscigenada” dos filhos da massa imperial.
As transferências que ocorrem na narrativa, na troca de papéis entre Raimundo e Pilar, trazem evidências do discurso irônico machadiano em criticar a sociedade hipócrita de seu tempo. A partir do episódio do suborno que envolve Raimundo e Pilar, questiona-se a onipotência do discurso estatal: os vícios morais do meio escolar oitocentista se restringiam à infância pobre ou eram manifestações dos filhos da elite imperial?
DISCURSO MORALIZADOR A escola estava lá, articulada no discurso moralizador do ideário imperial para socializar a infância dita inferior. O mestre-escola, na verdade, usa a palmatória como instrumento de força para castigar e desenvolver os bons costumes e a civilidade quando descobre, por meio da delação de um de seus alunos, Curvelo, o ato imoral cometido por Raimundo e Pilar. A ação de Policarpo em sua explosão de raiva é emblemática: no período imperial, a escola significou local de correção, em que se articulavam o discurso da ordem e da moral, e o professor deveria aplicar o castigo necessário, previsto em lei, para assegurá-lo.
O sujeito desencadeador do castigo não foi Pilar, o menino pobre vadio, mas Raimundo, que, além de ser filho do professor, tinha origens maternas na elite imperial. Essa migração dos sujeitos históricos afeta nossa visão do conto e mais uma vez nos faz reconhecer um sentido já familiar aos leitores de Machado: a exposição irônica da conduta volúvel do estamento senhorial.
“Conto de escola” funciona, assim, como prática de afrontamento e resistência ao modelo elitista arraigado nas bases da educação brasileira. Além de conferir voz a uma infância hegemonicamente silenciada, a narrativa evidencia a (in)eficácia da escola como instituição socializadora da infância pobre. Pilar, o narrador, era como “outros meninos vadios, o Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano”. Seu espírito de liberdade vagava alto pelas praias, ruas e morros da capital imperial. Não foi nesses lugares, entretanto, que Pilar recebeu suas primeiras lições de transgressão social – a corrupção, a delação e o autoritarismo –, mas na Escola de Primeiras Letras no sobradinho da Rua do Costa.
*Jornalista, mestre em estudos literários pela Faculdade de Letras da UFMG e
professor do curso de comunicação e marketing da Faculdade Promove de Sete Lagoas
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Joaquim Palmeira ( Poeta) e Pablo de Castro (músico) no Stereoteca desta quarta

Antes do show o Stereoteca conta com a presença do poeta Joaquim Palmeira, parte da parceria com o projeto Pão e Poesia.
domingo, 24 de agosto de 2008
Quando setembro chegar
PUBLICAÇÃO DE LIVRO
PRIMEIRAPESSOAPLURAL
POEMAS
LECYPEREIRASOUSA
ÁRVORE DOS POEMAS/PÃOEPOESIA
16DESETEMBRODE2008/ 18h30
DENTRODOPROJETOTERÇASPOÉTICAS
JARDINSINTERNOSDOPALÁCIODASARTES-BH
entradafranca!
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Se você desejar saber mais sobre o Projeto Pão e Poesia pesquise em:
http://www.paopoesia.blogspot.com/
www.youtube.com/diovmendonca
http://www.arvoredospoemas.blogspot.com/
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
A Tela eo Texto se agigantam
Leitura para todos divulga os autores e textos selecionados para o projeto Leitura no metrô, em parceria com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU
Alexandre Acampora
· Diamantina
Amanda Karla De Sousa
· Dissipação
· Secas
Anderson Higino
· (sem título)
· Canção de quem ouve recado da Lua
· vie en Rosa
André Leão Moreira
· As formigas de meu doce
Carla Paulino de Castro
· Acreditei
· Coração numeroso
Carlos Cammerom
· Feedback
· Tópico
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
· Consumidores do medo
Clevane Pessoa de Araújo Lopes (haicais sob o pseudônimo Haruko) - Convidada no Projeto Pão e Poesia
· A chuva pingando
· Do ovo da manhã
· Idosos são belos
· Ontem, todas águas
· Passarada ao sol
· Pássaros nos fios
· Saboreio o sol
· Soldados na lama:
· Trova
· Asas a dançar
Danilo Paiva Ramos
· Descrição
· Quarto
· Brisa
· Jornal Capital
· Migrante
Deborah Munhoz
· A grande onda
· Visceral
DI Rosa Sousa Figueiredo
· Não sei que nomes têm
Diovvani Mendonça (Criador do Projeto Pão e Poesia)
· Auto-elogio à minha alma-palhaça
· Blindado
· Caminhante
· Capim navalha
· Creia-me
· Et'sceteras
· P x p = 2P´s == P´D+
· Papagaiado
· Passos mágicos
· Pequena descoberta noturna
· Sobre os tempos modernos
· Transfusão
· Ziar
Elmo cordeiro
· A Gata Borralheira
Fátima Soares Rodrigues
· Eterna companhia
Ferreira Leste
· Incógnita
Frederico Eymard Evald Rezende
· Coração numeroso
· Metrô
· Metrô
Gilbert Daniel da Silva
· Poema cinematográfico
· Poética
· O metrô o trem o bonde
· Sicrano
· (sem título)
· A Missão
· O cachorro, o carro, o menino
· O copo caiu no chão e se quebrou
Guilherme Afonso Brasil Coelho
· Facetas do amor
· Troca
Gustavo Tanus Cesário de Souza
· Lance
· Lavoura
· Trapezistas
Inez Alves
· O (a)mar de Minas
· Outra poesia que quer ser rap
· Palavras paralelas
· Palavras...
· Perguntinhas ???
· Poesia Chinfrim...
· Poesia desestranhada
· Prece
Isabel Furini
· O poeta
Jairo Rodrigues
· (sem título)
· Blue
· E ser
· Feminal
· Rosas, espinhos
Jean Carlos Alves dos Santos Martins
· Agonia
Jonas Pinheiro de Araújo
· Feijão e Maria
· Trago de poesia
José Aloise Bahia
· Curtos 1
· Curtos 2
· Curtos 3
· Curtos 4
· Curtos 5
Juliane Matarelli
· Colar
· Encontro d'além mar
· Lua-Maria
· Text Drive
Júnia Sales Pereira
· A moribunda
· A parte final
· Em partes
· Vivenda
Jussara Santos
· Corpus I
· Passional
· Nua em pêlo ou no quarto nosso de cada dia
Kátia Nunes da Cruz
· Chovendo
Leila Barros
· Canto para quem ouve recado de Lua
· Desforra
· Identidade
· Mulher-luz
Leonardo Ruggio
· HORIZONTE
· PALMEIRA
Luciano Machado Tomaz
· Ladeiras
· Por uma vida...
· Sobre um certo Pierre
· Sórdido Ser
· No fim
Luiz Carlos Cavalcanti de Albuquerque
· Crianças
Luiz Fernando Proa
· Declaração
· Momento
· Momento Mágico
· Realidade
· Sagração
Márcia Araújo
· Uma cidade...
· Verbos
Márcio Ronei Cravo Soares
· Dedicatória
Marcos Antônio de Oliveira
· Café com rapadura
Maria José de Queiroz
· Joaquina, filha do Tiradentes
· Minas Gerais, "estado d'alma"
Osmar Pereira Oliva
· Balada das cinco mulheres do azeite de oliva
· Tempo das águas
· Uma carta para Isaac
Patrícia Namitala Leite
· Cidade do interior
· Matemática pronominal
Paulo Filipe Alves de Lacerda
· Poema da Ausência
Pollyanna Rodrigues Leite
· Mandala
· Casa grande
Rafael Guimarães Tavares da Silva
· Auto-Soneto
· E agora, Drummond?
· Minhas Gerais
· Sonho de profissão
Rafael Lovisi
· Anti-Pós-Modernidade
· Confissão a Nara Leão
· Dia-amante-tinha (1º ato)
· Fluxos (ou terra de mim)
· Memórias de José (3º ato)
· Meta-gozo-lúcido (2º ato)
· Quarto e último ato
· Teatro (prólogo)
· Um sopro de morte (amando Clarice)
Renata Cabral
· Resposta
· (sem título)
· No bolso, a lente de contato
Ricardo Evangelista
· História de uma viola
· (sem título)
· dirigo...
· Iniciação
· Menestrel de toda mata
· Montanheiro
· Quantas mula tem o lote?
· Quem avisa com samba amigo é
· Tapa no capeta
Rita Lages
· No limiar do sono ou mise-en-abîme noturno
Ronaldo Xavier da Cruz
· Me dê pelo menos este direito
Seu Ribeiro
· Ária nupcial
· Fruto de cultivar
· Moleque arteiro
· Película sertaneja
· Um roteiro que apraz
Soninha Porto
· susPENSO
· Luz em meus dedos,
· Por segundos
Tânia Diniz (haicais)
· 1*
· 2*
· 3*
· 4*
· 5*
· 6*
· 7*
· 8*
· 9*
· 10*
· 11*
· 12*
· 13*
Vinicius Fernandes Cardoso (Selecionado no Projeto Pão e Poesia)
· Roteiro
· Elegia
Vinícius Macedo
· Alma Mineira
· Sensorial
· Unidade Fragmentada
Link : http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/leituraparatodos_bh_noticias.html
sábado, 5 de julho de 2008
XXIV Prêmio de Poesia Internacional Nósside - 2008
Internacional Nósside – 2008
http://www.nosside.com/
Prezadas senhoras e Prezados senhores,
o Prazo para as inscrições
foi prorrogado ao 7 julho 2008
para a Poesia Escrita e a Poesia em Musica (Canção)
e ao 12 julho para a Poesia em Vídeo
Cordiais Saudaçoes Literarios
Prof. Pasquale Amato
Presidente do Pr
êmio
Oficina Poesia de Quintal - Expressão Sensorial

As inscrições podem ser feitas no site http://www.belopoetico.com.br/
Sem dúvida há de ser um momento agradável e imperdível.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
ensaio sobre FERNANDO PESSOA - revisado
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quinta-feira, 5 de junho de 2008
O paraíso das constatações
Ó Santa Virgem das Dores! Mãe de todos os desamparados...
João da Cruz e Souza
Arremeto essa frase invocando ela, a virgem, pois somente ela pode nos amparar desse pouca vergonha que nos encontramos.
A antiga moral está cada vez mais em baixa nessa nossa sociedade marcescível...
Nosso governo chegou ao ponto de querer, ou melhor, dizer: de induzir essa boiada, a acreditar que
cachorro não é o mesmo que cão! Ora! Pois é isso que nos querem convencer, ao colocar em tramitação outra lei para beneficiar
o sistema de saúde, que continua falido, governo à governo, era falido no governo da Direita e continua falido no governo da Esquerda.
Há uma dilaceração em nossa sociedade, que procura obstruir toda forma de qualidade de vida em prol de uma corrente vertente de dinheiro que jorra, lavagens
de dinheiro são feitas às claras e nada é feito nesta sociedade corrupta e promíscua
que a cada dia apodrece em detrito de sua covardia e inoperância moral.
O suicídio que comete essa sua letomania de se viver, é provada por todos nós. Toda sociedade expõe uma fingida moral ao ver os acontecimentos pelos tele-jornais, pelos jornais, pelos meios de comunicação em geral, há um torpor em tudo. Mas insignificantes são as atitudes tomadas para uma melhoria completa de nossa sociedade massacrada; o vinho desce pela garganta dessa sociedade bêbada, consumida pelo álcool, pelas drogas televisivas, pelas crendices, pelas seitas, pelas invisíveis igrejas que proliferam em nossa sociedade rica,
abundante de riquezas naturais, matérias, e espirituais... Sabendo disso, pessoas do governo e da igreja, manipulam essa virgem sociedade que vive em convívio a pessoas experientes, sábias, mas não inteligentes e idôneas, essa virgem sempre é arrastada para o convívio do roubo, da promiscuidade, essa sociedade de Palatino-colado , essa sociedade obtusa, essa que não se evolui, continua sendo a cada dia levada para a escravidão, para o delírio amoroso de almas mortas, continua morta perante a crueldade que lhe é imposta dias a dia.
Vociferam-se vozes caluniosas para nosso povo, esse povo mal-instruído é levado a acreditar em tudo, quando já, por força individual de alguns, não é levado, é forçado a aceitar tudo o que seus patrões ordenam os da alma, ou os do governo. Quando mesmo assim não aceita, ou por força divina, ou por mérito interior, corrompe-se, vende-se por sempre menos do que vale, pela miséria é vendido e, nesta continuará sofrendo sua própria miseração interior...
Em cominações, por capricho da natureza humana, somos sempre guiados a acreditar, sem ao menos determinar as conseqüências, e os valores. Ou por preguiça de protestar contra o sistema defasado, de governo, ou pela simples e mais comum inércia conhecida por todos nós, viventes dessa sociedade hipócrita e miserável no principio básico dessas duas palavras por mim mencionadas;
Nosso cavalheirismo é tão galante, deixamos os nossos governantes passarem a frente em todos os sentidos, neste baile de dinheiro público, deixamos nossos governantes ao contrário, nos guiarem, e a cada dança, nos rouba, como ladrões de gravatas, como o ladrão de, O Grande Assalto. Filme conhecido mundialmente. E em nossa época, grandes assaltos acontecem dia a dia, enquanto tira de nós o foco, mostrando-nos, mortes de crianças, novelas, desenhos animados, mosquitos novos da dengue, etc.; assim caminha dia a dia nossa bem enganada sociedade.
Ironizam até suas viagens particulares, Poderia ter ido para qualquer lugar, assim o dizem assim nos provocam a ira, que na mesma hora é resfriada por notícias de jogadores bebendo, se esbaldando em seus milhões, todos em seus direitos, mas para camuflar as podridões das lideranças governamentais e religiosas, os expões deliberadamente, em uma pura invasão de privacidade.
Vejo nesta sociedade o descaso em que somos arremetidos, somos lançados ao esmo, e mesmo assim, caímos, levantamos e ainda louvamos nossos arremetedores, essa corja displicente, esses vampiros da alma, esses ladrões de uma moral, de um respeito, de uma dignidade que ainda esse povo carrega. Isso tudo ainda o querem. Além de levar o dinheiro querem que esse povo imbele, esse povo covarde, continue em sua eterna letargia neste torpor miserável em que se encontra. Nesta eterna perdição. Nossos governantes precisam de um tratamento superior, algum tipo de terapia que o façam parar de roubar, essa cleptomania em que eles estão...
Os maus políticos e os maus governantes, e todos aqueles que aceitam tudo isso, que roubam sem embolsar nenhum dinheiro, só herdam o karma, só vendem a sua alma, e quem recebe o dinheiro são os outros, parlamentares, políticos, pastores, bispos, diáconos, padres, ladrões, corruptos de todas as formas, e de todos os que eu disse, só estou falando da parte corrupta, há entre eles, e quero crer que ainda haja! Pessoas de boa índole, não de boa fé. Pois de boa fé muitos entre nós caíram.
Se o governo conseguir passar à nova CPMF, não será o cúmulo, não será algo de anormal, muitos poderão dizer, nunca vi tamanho cara-de-pau! Povo sem memória! Isso eles cultivam em ti. Observamos, como nas novas regras, e leis aos motociclistas esse mesmo desrespeito, houve um clamor, uma reação de indignação por isso, mas poucos meses depois, tudo passou a vigorar, voltou tudo a ser como era, como era de se esperar. Todos pagando o tributo aos seus Reis, aos seus governantes. Se o dinheiro pago fosse a favor dessa classe de trabalhadores, nenhum reclamaria, mas como sempre e desviado ou apenas nos parece ser.. nada muda, ou somos céticos, ou cegos, ou simplesmente vemos muito bem o que está acontecendo. Deveras caminhos tristes seguem á nossa frente, e não podemos esquivar destes, podemos lutar contra, mas haveria de haver uma força que nos empurrássemos a isso, não como fantoches e sim como seres humanos dignos que simplesmente desejam a essência da felicidade.
Sentimos que é hora da reação. Então sociedade massacrada, não se deixe continuar nesta escravidão, como os seus antepassados, não se deixe queimar na fogueira como as bruxas foram queimadas, erga-se dessa lama em que se encontra e talvez assim, mesmo de longe, contemple sua terra prometida, essa que deixará para seus filhos.
yendisasorsaid@hotmail.com
Yendis Asor Said
Membro da ACL. Academia Contagense de Letras
Aquele de quem tanto falam...
sexta-feira, 23 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
O PROJETO LETRAS CRIATIVAS CONVIDA:
Nesta página, então, você poderá acompanhar uma história de uma das formas que os contadores de histórias da era digital vêm encontrando para estabelecer um jeito novo de envolver, entreter e disseminar conhecimentos de nossa humanidade.
Mas como então você poderá acompanhar essa novela?
Nesta primeira temporada da novela, digamos assim, você vivenciará as freqüências das notas musicais DÓ e RÉ. Na segunda temporada, teremos as notas MI e FÁ; na terceira, as notas SOL e LÁ; e, na última, as notas SI e DÓ. Dessa forma, você poderá acompanhar uma oitava musical completa, que você vê está vendo agora ao redor desta caixa, fazendo com que você tenha, assim, esperamos, uma vivência completa do “labirinto” cuja inspiração tem lugar na literatura Borgiana, entre outros autores que se arriscaram no gênero.
Esta novela pretende, como foi citado acima, mostrar um pouco do funcionamento do caráter do tipo de personalidade “Pacifista”, encarnado aqui por Volkaniah Bastos, o filho de um sultão de Brunei Darassalam, que imigrou para o nosso país e, na atualidade do ano de 2034, comanda uma cidade de nome Indolândia.
Esperamos que você possa aproveitar e curtir bastante essa proposta literária digital. Inicie então a sua navegação clicando na nota DÓ no alto da caixa. E BOA LEITURA!
Atrair leitores pela imagem
Uma iniciativa midiática interessante é o Livro Clip que chegou também ao Youtube. Não importa se foi escrito na Idade Média ou no Século XXI. Bom é ser lido. Mais livros clip aqui.
domingo, 18 de maio de 2008
ALLENDE
CANADÁ [Quebec] ¡ATENCION POETAS DEL MUNDO!!!: CONCURSO POEMA “ALLENDE VIVE”: El próximo 26 de junio se inicia el Centenario del nacimiento de Salvador Allende. CHILEINFORMA desea rendirle un homenaje al hombre que supo respetar la Ley y la Constitución al precio de su vida, digno ejemplo para los hombres que luchan por la Democracia en el mundo entero. Su imagen universal se ha traducido también en plazas, calles, monumentos, hospitales, parques, edificios públicos, centros académicos y universidades que hoy llevan su nombre en diferentes ciudades del mundo.
Actualmente en todos los continentes se preparan actividades en homenaje al hombre y su pensamiento que hoy en día es más y más vigente.
Chileinforma lanza el Concurso de Poesía para todos los poetas del mundo: bajo la temática de ALLENDE VIVE. Chile, España, y Canadá estarán representados en el jurado que elegirá el poema ganador.
BASES:
1.- Enviar uno o más poemas en homenaje a Salvador Allende. Extensión libre, letra Times New Roman tamaño 12 y a doble espacio.
2.- En este concurso podrán participar los poetas de cualquier origen étnico del mundo y pueden ser escritos de preferencia en castellano y deben ser enviados antes del 11 de Agosto del 2008
3.- Enviar los poemas [dos opciones] por correo regular. Deben enviarse con un Seudónimo, texto en CD y dentro del sobre, otro sobre cerrado, que contenga los datos personales completos del autor o de sus autores. O por correo electrónico con un Seudónimo. Se les comunicará a sus correos el resultado en caso de obtener los primeros lugares.
4.- El poema ganador será publicado en las páginas de Chileinforma por un periodo mínimo de un mes a partir del 11 de septiembre, fecha de la muerte de Salvador Allende. El segundo y tercer puesto como asimismo otros seleccionados tendrán derecho a la publicación durante una semana o más. Además existe la posibilidad de que estos poemas sean usados en las actividades principales que organiza la comunidad chilena residente en la ciudad de Montreal, y/o en otros lugares del mundo que lo soliciten.
5.- Chileinforma se reserva el derecho de usar los poemas seleccionados en la producción de eventuales medios impresos o audiovisuales, afiches, videos, tarjetas postales etc., que vayan en beneficio de los fondos para la construcción de un monumento a Salvador Allende en la ciudad de Montreal. Eventualmente podrán ser seleccionados varios de ellos para una recopilación. Un certificado impreso del poema con el nombre de su autor será enviado a los tres primeros ganadores a su dirección postal.
6. EL JURADO internacional estará constituido por:
- Carlos Benítez Villodres*: Cónsul en Málaga, España, de 'Poetas del Mundo', Delegado Provincial, en Málaga, de la Asociación Colegial de Escritores de España, Responsable Local para Andalucía de REMES [Red Mundial de Escritores en Español], miembro del Consejo de Redacción del periódico “Granada Costa”, escritor, poeta, periodista, crítico literario, columnista del diario “La Torre”, articulista del periódico “Granada Costa”, cronista de “Chileinforma”… http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=985
- Wilson Tapia Villalobos: Periodista, escritor, ex director de la Escuela de periodismo de la U. La Republica-Chile, comentarista en Radio Universidad de Chile, columnista de varios medios electrónicos entre ellos Chileinforma.
- Rafael Luis Gumucio Rivas: Historiador y columnista ex director del Inst. de Historia U. Católica de Valparaíso, ex agregado cultural de Chile en Canadá, D.E.A Universidad de La Soborne -Francia….
- Yolanda Duque Vidal: Escritora y poeta, directora Editions 'Alondras', www.editionsalondras.co.Directora - Canadá.
- César Carrasco Caviedes: Publicista U.T.E, profesor en comunicación, director-editor de Chileinforma-Canadá.
Los poemas deben ser enviados al correo electrónico: info@chileinforma.com
O a la dirección postal:
1536 Boul Curé Labelle, Chomedey-Laval H7V 2W3 Québec- Canada
O ABRAÇO AFLITO DE BACON
Políticas públicas interferem, e muito, com o trabalho dos escritores. A sua existência ou não condiciona muitos aspectos da criação e também a fruição dos leitores. Como o tema se presta a muitos mal-entendidos é importante ter clareza sobre o que constitui uma 'política pública'.
Uma política pública de Estado - não apenas sujeita às conjunturas e projetos de cada governo em particular - tem necessariamente uma série de características:"
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Dilemas de um poema

terça-feira, 6 de maio de 2008
A raiz é a Poiesis

BANQUETE DE IDÉIAS
AS P A I X Õ E S
08 maio - quinta - 19h30
DCE CULTURAL - Av. Getulio Vargas, 85
Savassi – BH
Entrada - R$ 3,00 + 1 livro
trecho de PAIXÃO, AÇÃO E LIBERDADE EM ESPINOSA
da autora Marilena Chauí
caderno MAIS! 20ago2000
(...)
Afecções e afetos, exprimindo nosso CONATUS, obedecem
à lei natural que rege o esforço de preservação na existência.
Isso significa, antes de mais nada: somos PASSIVOS (ou estamos
na paixão), enquanto somos apenas causa parcial do que se passa
em nós, e somos ATIVOS (ou estamos em ação), quando somos a
causa total do que se passa em nós.
Somos CAUSA INADEQUADA de nossos afetos quando são
causados em nós pelo poder de ‘causas externas’, somos CAUSA
ADEQUADA de nossos afetos quando são causados em nós por
nossa "potência interna". Ser causa inadequada é ser passivo e
passional. Ser causa adequada é ser ativo e livre.
Idéia ou razão jamais vencem uma paixão, somente uma paixão
vence outra paixão, se for mais forte e contrária a ela.
ALIENAÇÃO: o indivíduo passivo-passional é servo de causas
exteriores, está sob o poder de um outro (alienus).
Trecho completo
a ser lido no Banquete:
Paixão no erotismo, na filosofia e na política
Tudo uma coisa só - em todas estamos ALIENADOS.
--------------------------------------------------------
Em Tempo: Se o internauta desejar saber mais sobre OPA!, faça uma pesquisa no buscador de sua preferência.
domingo, 4 de maio de 2008
Nas trilhas do Sarau Tropeiro
quarta-feira, 30 de abril de 2008
PORTFÓLIOS DE ILUSTRADORES
Portfólio - Sérgio RamosPinturas, desenhos, sonhos, memórias... tudo junto e com um resultado surpreendente. Confira!
Portfólio - Tadeu CostaVeja aqui um pouco do trabalho e talento desse artista mineiro.
Portfólio - Marcio LevymanMarcio Levyman, ilustrador com vários trabalhos para jornais, revistas e livros importantes, apresenta-nos uma amostra de sua arte.
Portfólio - Tânia RicciVeja aqui um pouco do trabalho e talento de Tânia Ricci.
Diálogos com a CidadeContando a história e repensando a cidade de São Paulo através da fotografia. É o que fizeram os fotógrafos Luciana Fátima e Arlindo Gonçalves.
Portfólio - Vânia MedeirosVermelho com verde, verde com roxo, roxo com verde e azul. Tudo combina que dá gosto. Vânia Medeiros mostra um pouco de seu trabalho com desenho e colagens.
Portfólio - Patrícia Maria WollAnjo, buriti, caramujo, cachorrinho e debutante. Veja um pouco do belo trabalho da artista plástica e ilustradora Patrícia Maria Woll.
Portfólio - Tereza YamashitaMas o conteúdo não pode ficar com ciúme. Veja um pouco das muitas capas de livros criadas pela escritora e designer Tereza Yamashita.
Portfólio - Löis LancasterO artista plástico e ilustrador, Löis Lancaster mostra um pouco de sua arte. É de torcer o nariz mesmo!!
terça-feira, 29 de abril de 2008
PALAVRA E SOMBRA
11/4/2008 17:56:00
Palavra e sombra
Por Leda Tenório da Motta
Aparentemente, temos aqui o contrário do poeta que não encontra as suas palavras. Já que quem mais fala aqui é a linguagem. Estaríamos diante de uma poesia que arrisca tudo nas palavras. De uma criação do mundo pela palavra. De uma poesia feita de palavras.
De fato, palavras não faltam a Luis Serguilha. Parecem ser bem maiores que a própria vida _ se é que há vida antes das palavras _ , de tal modo que a encobrem. Buscam saltar para fora da página, assumindo, muitas vezes, a letra garrafal. Fazem estranhos elos que explodem ainda mais a sintaxe já explodida e implodida dos poetas originais. Rimbaud explode, Mallarmé implode, mostrou Augusto de Campos em Rimbaud Livre. São exasperadoras porque nada nunca termina de ser dito. Deixam o sentido eternamente adiado. Oferecem o espetáculo do nonsense, do segredo, da sombra espessa da linguagem. Se lembrarmos que a firma clássica articula representação da natureza e pensamento, e que a firma romântica faz pender a balança da representação para o lado da natureza, tecnicamente, o desequilíbrio, aqui, é o do Barroco, neste caso, desesperado. Para o riso amarelo de Francis Ponge, diríamos que não se vai aqui muito além do ímpeto, da tentativa, do drama de dizer. O que é uma homenagem prestada ao partido da expressão.
O sentido não está oculto, não está para ser buscado, está mais para ausente. O que faz o seguinte sentido: estamos numa turbulência verbal sem controle. De fato, se o hangar é o abrigo no interior do qual se enclausuram coisas, segundo os verbetes dos dicionários, neste caso, nada fecha o buraco metafísico. Até porque as palavras são vento, como diria a sabedoria antiga.
Tantas delas assim ao léu parecem criticar a vanidade de nos esforçarmos até as idéias e os sentimentos, o homem e seus problemas, inclusive políticos (lembranças de Saramago!). O poeta de Hangares do Vendaval tem razão de esquivá-los. Em sã consciência, nesta altura dos acontecimentos, quem poria o quê _ que questões, de que ordem, que questões de ordem, como se diz nas assembléias _ no centro de uma poesia? E quem haveria de lhe cobrar do quê exatamente está falando, e o que foi mesmo que aconteceu?!
Não podemos saber o que aconteceu. Para tais perguntas enquadradoras não há sequer um começo de resposta nas sombras espessas em torno das palavras no texto de Luis Serguilha. O fato, por si só, sugere que se trata de uma poesia interessante, por mais difícil que seja reconhecer uma poesia interessante, principalmente no calor da hora de sua publicação. Já que, apesar do tormento dessa dispensação verbal sem centro, sem limites, o diferencial aqui parece ser o jorro, justamente, a contundência, a energia. Apreciada _ aliás _ desde a experiência brasileira da poesia que sai do traço epigramático, do minimalismo, da astúcia, do jeu de mot concretista, diluindo-o até o cadáver, tanta loquacidade só pode ser vista como salutar.
Mas numa segunda análise, são talvez as coisas e não as palavras que importam. Tratar-se ia da realidade. Do universo simplesmente físico. De uma experiência simplesmente sensível. De uma De Natura Rerum, mas desenfreada.
Agora, estaríamos nos elementos desencadeados, na criação divina (por assim dizer) e não na criação de algum poeta que se tomasse por Deus. A ponto de então nos perguntarmos: seria Hangares do Vendaval um poema cosmogônico, desses que já não se fazem mais? Uma eureka? Uma ciência? Uma máquina do mundo camoniano-drummoniano-haroldiana mais uma vez repensada?
E já que Serguilha me confessa (por telefone) apreciar alguns artistas da palavra que encamparam o parâmetro das artes plásticas _ e não o da música _ seria ele, antes que um falador, ou um lírico verborrágico, algum pintor do universo, que quer descrevê-lo, apresentá-lo, captá-lo sensualmente, para tanto entrando na interioridade dos objetos de todos os reinos, vegetal, animal, mineral e industrial? Seria ele um artista plástico que não nega que é conterrâneo e vizinho de porta do fantasma de Camilo Castelo Branco, que se suicidou exemplarmente, ao saber-se fadado a ficar cego, quer dizer, a não mais ver o mundo extra-linguagem, ainda que fosse para melhor interiorizá-lo? Jogaria ele no time dos que pensam que a poesia são algumas linhas e por trás uma imensa paisagem?
A terceira hipótese é: nem um nem outro. Nem palavras, nem coisas! De fato, como tudo aqui é observado de muito _ mas muito _ perto, chegamos a descritivismos tais da natureza que, no fim das contas, e por excesso de zelo, tudo vira metáfora. O poeta quer ir às partes mais entranhadas, mais escondidas, mais inéditas do que encontra fora de si. Mas para narrá-las tem que buscar apoio em si mesmo. É próprio de qualquer arte que nada possa dar a ver senão dentro dos seus próprios termos! Assim, a variedade dos fatos externos acaba solicitando virtuosismos verbais que redundam numa natureza desnaturada, imaginária, alucinatória, surreal:os “pássaros esplendorosos dos arquivos”, as “ortografias das corujas”, a “cerveja autografada”, o “burburinho da pedra- pomes”, o “mar das sutilezas vinhateiras”, a “ervagem bicéfala”...
Há aqui o efeito vertiginoso de um choque, de uma telescopagem da palavra e da coisa. Uma disposição em abismo de que não podemos dizer se rende reflexões sobre a linguagem vista através dos objetos ou o contrário. O fato é que, olhando bem, as coisas reduzem-se às palavras... e vice-versa. Tendo começado na expressão e passado da expressão à experiência e à existência, terminamos num transe enlouquecido.
Apesar da dificuldade extrema de se tirar algo desse perfeito impasse em que achamos que Serguilha se movimenta, aparentemente em busca de algum hangar em que se enclausure, para salvar-se _ para salvar-nos _ da loucura, talvez se possa arriscar dizer alguma coisa, totalmente no escuro, e interrogativamente, sobre o significado deste seu novo livro.
Por que será que, ao lê-lo, não consigo parar de pensar em A Tentação de Santo Antão de Flaubert? Será que é porque Flaubert, que escrevia romances como quem faz poesia, nunca achando suas palavras, como notou Borges em Discussão, representa o seu santo no momento mesmo em que as palavras da Bíblia a levam ao delírio? Será que é porque há uma natureza violenta em volta da montanha em que o santo é tentado e é dali que procede o diabo?
Ou será que toda esta catástrofe que não sabemos bem qual é, o que não a impede de ir tomando proporções, ao longo dos 16 passos numerados da via crucis de Serguilha, não se deixaria ler à luz do poema Aubade de Philip Larkin sobre a destruição do mundo, como uma espécie de epígrafe por sobre os tempos atuais: “the sure extinction that we travel to”?
Fica a pergunta.
Leda Tenório da Motta é crítica literária, tradutora e professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Publicou, entre outros, Francis Ponge- O Objeto em jogo (Imago, 1997) e Proust- A Violência sutil do Riso ( Perspectiva, 2007). E-mail: ltmotta@pucsp.br
http://www.cronopios.com.br/
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Hoje tem Pão e Poesia no palco do Stereoteca!
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Os escritores que escrevam!
Leya, a maior empresa editorial portuguesa, que controla as editoras Caminho, Dom Quixote, Texto Editores e ASA, lança um prêmio que figura desde já entre os mais importantes das literaturas em língua portuguesa. O Prêmio Leya dará €100.000 ao melhor romance inédito escrito em português. O júri poderá também recomendar a atribuição de um ou mais “Prêmios Leya – Finalistas” no valor de €25 mil para cada obra.
Os romances agraciados com a premiação serão publicados por uma das editoras do grupo e vão ser distribuídos simultaneamente em todos os países que adotam oficialmente a língua portuguesa. Podem concorrer ao prêmio autores de qualquer nacionalidade, consagrados ou iniciantes. O prazo máximo para o envio dos originais é 15 de junho de 2008. O vencedor do prêmio será anunciado na Feira do Livro de Frankfurt, em outubro deste ano. O regulamento pode ser acessado em www.leya.com.
O júri vai analisar as obras concorrentes ao prêmio por “prova cega”, isto é, sem conhecimento da identidade dos autores, depois de uma seleção prévia feita por uma comissão julgadora. O presidente do júri será o escritor e poeta português Manuel Alegre (vencedor do Prêmio Pessoa 1999). O corpo de jurados é diversificado e inclui representantes de vários países da comunidade lusófona. Fazem parte dele: o escritor português Nuno Júdice, o professor de Letras da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, o escritor angolano Pepetela (Prêmio Camões 1997), o catedrátrico moçambicano Lourenço Rosário, o romancista brasileiro Carlos Heitor Cony e a crítica literária Rita Chaves, professora da USP, especialista em literaturas em língua portuguesa e pesquisadora da Universidade Cândido Mendes.
Com sede em Lisboa, a Leya é hoje a maior empresa editorial portuguesa, líder no mercado de edições gerais. Ocupa também lugar de destaque no mercado do livro didático e paradidático. Entre os autores no catálogo das editoras do grupo estão José Saramago, Antonio Tabucchi, António Lobo Antunes, José Cardoso Pires, Sophia de Mello Breyner Andersen, Pepetela, José Eduardo Agualusa, Ondjaki, João Ubaldo Ribeiro, Graciliano Ramos, Moacyr Scliar, Mário de Carvalho, Mia Couto, Gonçalo Tavares, entre outros grandes nomes do mundo lusófono.
O grupo editorial Leya pretende editar este ano cerca de mil novos títulos e estima um faturamento de €90 milhões. O presidente Miguel Paes do Amaral diz que a estratégia de atuação da Leya é uma aposta na língua portuguesa, falada por mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.
SERVIÇO:Prêmio LeyaEncerramento das inscrições: 15 de Junho de 2008.Premiação: Feira do Livro de Frankfurt, outubro de 2008.Mais informações e regulamento em www.leya.com.
6º Concurso Literário da Guemanisse
www.guemanisse.com.br
editora@guemanisse.com.br
Objetivando incentivar a literatura no país, dando ênfase na publicação de textos, a GUEMANISSE EDITORA E EVENTOS LTDA. promove o 6º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE CONTOS E POESIAS, composto por duas categorias distintas:
a) Contos;
b) Poesias,
o qual será regido pelo seguinte
REGULAMENTO
1. Podem concorrer quaisquer pessoas, desde que os textos inscritos sejam em língua portuguesa. Os trabalhos não precisam ser inéditos e a temática é livre.
2. As inscrições se encerram no dia 19 de maio de 2008. Os trabalhos enviados após esta data não serão considerados para efeito do concurso, e, assim como os demais, não serão devolvidos. Para tanto será considerada a data de postagem (correio e internet).
3. O limite de cada CONTO é de até 6 (seis) páginas e o de cada POESIA é de 2 (duas) páginas. Os textos devem ser redigidos em folha A4, corpo 12, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Times ou Arial.
4. As inscrições podem ser realizadas por correio ou pela internet da forma seguinte:
a) Via postal (correio): os trabalhos podem ser enviados em papel, CD ou disquete 3 ½ para Guemanisse Editora e Eventos Ltda. CAIXA POSTAL 92.659 - CEP 25.953-970 - Teresópolis – RJ;
b) Internet: os trabalhos devem ser enviados, em arquivo Word, para os e-mails editora@guemanisse.com.br ou guemanisse@globo.com
5. Tanto os CONTOS quanto as POESIAS devem ser remetidos em 1 (uma) via, devendo, em folha (ou arquivo) separada, conter os seguintes dados do concorrente:
nome completo / nome artístico, com o qual assina a obra;
categoria a que concorre / data de nascimento / profissão
endereço (com CEP) / e endereço eletrônico (e-mail).
6. Cada concorrente pode realizar quantas inscrições desejar.
7. Para a categoria CONTOS, o valor de cada inscrição é de R$ 20,00 (vinte reais), podendo o autor inscrever até 2 (dois) textos por inscrição. Para a categoria POESIAS, o valor de cada inscrição é de R$ 20,00 (vinte reais) podendo o autor inscrever até 2 (dois) textos por inscrição. Os valores devem ser depositados em favor de GUEMANISSE EDITORA E EVENTOS LTDA, na Caixa Econômica Federal, Agência 2264, Oper. 003 Conta Corrente Nº 451-7 ou no BRADESCO, Agência 2801-0, Conta Corrente Nº 8582–0.
8. Os comprovantes de depósito (nos quais os concorrentes escreverão o nome) devem ser remetidos para Guemanisse Editora e Eventos Ltda. pelo correio, pela internet (escaneados) ou para o fax (0XX – 21) 2643-5418 (lembramos que os moradores da Cidade do Rio de Janeiro devem discar o código de área). Nenhum valor de inscrição será devolvido.
9. Os resultados serão divulgados pelo nosso site www.guemanisse.com.br pela mídia e individualmente (por e-mail) a todos os participantes, no dia 21 de julho de 2008.
10. Cada Comissão Julgadora será composta por 3 (três) nomes ligados à literatura e com reconhecida capacidade artístico-cultural. Ambas as Comissões podem conceder menções honrosas ou especiais.
11. As decisões das Comissões Julgadoras são irrecorríveis.
12. Para cada Categoria (Contos e Poesias), a premiação será nos seguintes valores:
a) Premiação em dinheiro:
1º lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais) e publicação do texto em livro;
2º lugar: R$ 2.000,00 (dois mil reais) e publicação do texto em livro;
3º lugar: R$ 1.000,00 (mil reais) e publicação do texto em livro.
b) Premiação de publicação em livro:
Os textos premiados, inclusive os que forem agraciados com menção honrosa, serão publicados em livro (sem ônus para seus autores, inclusive de remessa postal) e cada um destes autores receberá dez exemplares, em troca do que cedem os direitos autorais apenas para esta edição específica que não poderá ultrapassar a tiragem de 2.000 (dois mil) exemplares. Os exemplares restantes desta edição serão preferencialmente distribuídos por bibliotecas e escolas públicas.
13. A inscrição no presente concurso implica na aceitação plena deste regulamento.
terça-feira, 15 de abril de 2008
domingo, 13 de abril de 2008

O café da manhã dos mineiros ganhará um reforço a partir de abril com o projeto "Pão e Poesia - em qualquer esquina em qualquer padaria". A iniciativa do poeta Diovvani Mendonça levará 112 poemas para a mesa dos mineiros através da impressão das obras em 300 mil embalagens de pão, que estarão espalhadas por padarias de Belo Horizonte e região metropolitana.
O objetivo do Pão e Poesia é abrir espaço para novos escritores e incentivar a leitura despertando o interesse das pessoas pelos poemas através da publicação das obras em lugares inusitados. "Creio que a poesia tem que sair das estantes e assaltar o instante das pessoas. A poesia tem que ser pop e não apenas feita para os iniciados que geralmente fazem poemas uns para os outros e formam grupos fechados como se fossem seitas", explica o idealizador do projeto.
Para escolher os poemas Diovvani estabeleceu três categorias: poetas homenageados, convidados e selecionados. O poeta homenageado é André Carneiro, que terá seu poema impresso na frente de todas embalagens da primeira edição juntamente com a obra do artista plástico Guido Boletti que cedeu a imagem do quadro "il grande alto" para ilustrar o poema. Entre os convidados, 30 nomes que já possuem algum reconhecimento na literatura ou na música terão seus textos impressos no verso das embalagens juntamente com os 81 poemas que foram selecionados por três jurados através da internet no final de 2007.
Entre os convidados estão nomes como Entre Affonso Romano de Santana, Bruno Brum, Fabrício Brandão, Fabrício Carpinejar, Kiko Ferreira, L.Rafael Nolli, Makely Ka, Nicolas Behr, Renegado, Rynaldo Papoy, Paulo Urban e Pedro Pan.
Parcerias
Para aproximar ainda mais as obras poéticas do público Diovvani fechou uma parceria com o festival de música Stereoteca, propiciando que 14 poetas apresentem suas obras antes de alguns dos 23 shows que acontecerão entre abril e outubro. Segundo a idealizadora do Stereoteca, Danusa Carvalho, o que chamou sua atenção no projeto foi "o barulho que ele fez com uma iniciativa tão simples e ao mesmo tempo tão interessante".
Outros parceiros contribuem para o viabilizar o projeto como a empresa MIXPAN que distribuirá as embalagens de pão gratuitamente e o Estúdio Raposa que divulga o projeto em Portugal e conseguiu fazer com que dezenas de portugueses se inscrevessem. Além deles, a Secretaria de Cultura de Minas Gerais, a Rádio Inconfidência e a Casa Sol dão apoio cultural à idéia.
A Casa Sol, empresa mineira de embalagens de papel para padarias, irá imprimir as embalagens gratuitamente. A empresa envolveu também todos os seus fornecedores que patrocinaram o projeto: Celulose IRANI, que doou 2,5 toneladas de papel kraft branco, a Studio A4 que doou parte dos clichês e a Simon que doou as tintas para impressão.
Coletiva de Imprensa
Na quinta-feira (10) o Stereoteca oferece um café da manhã no qual será apresentada a programação em detalhes. Na ocasião estarão presentes artistas, parceiros e patrocinadores à disposição dos jornalistas para esclarecimentos e divulgação. A coletiva acontecerá às 10hr no Espaço Cultural Ambiente, (Rua Grão Pará, 185 no Santa Efigênia – BH). Pede-se confirmar a presença pelos telefones 3309 6031 / 6071
Sobre Diovvani Mendonça
Diovvani Mendonça tem 44 anos e é natural de Belo Horizonte. Trabalha como Analista de Sistemas em Contagem e atualmente mora em um sítio em Esmeraldas onde criou a Árvore de Poemas (
No segundo semestre de 2008 Diovvani e o poeta Lecy Pereira Sousa, realizarão o "1º VIVA POESIA, POESIA VIVA" em prol da revitalização do Parque Fernão Dias, que fica próximo a PUC CONTAGEM. "O Parque Fernão Dias é uma mini Amazônia de Contagem e está sub aproveitado e praticamente abandonado. O Parque Ecológico Lagoa do Nado de Belo Horizonte, é um bom exemplo do que poderia se tornar o Parque Fernão Dias para Contagem – um lugar onde as pessoas poderiam, além de revitalizar os pulmões ter acesso a cultura, lazer e esporte".
Outras informações
Leo Santiago
leosantiago@gmail.com
(031) 84187530
"UM PÉ DE QUÊ"

No nosso jeitão mineiro, nunca perguntamos, quando queremos saber a profissão de alguém, qual atividade ele exerce... Nós todos, das Gerais, que economizamos dinheiro, palavras e até sílabas, sempre simplificamos a nossa curiosidade. Daí, a pergunta resumida: - Fulano mexe com quê?
É o bastante para ficarmos sabendo se tal cidadão é médico, advogado, psicólogo, fazendeiro ou o que mais alguém possa ser, inclusive vagabundo...
Vê lá, se vamos ser detalhistas como Lineu (Karl von Line, sueco, que viveu de 1707 a 1778), considerado o pai da botânica moderna, quando queremos saber o nome científico de uma espécie pertencente ao ramo da biologia que tem por objetivo o reino vegetal?...
É muito mais fácil, para quem inquire e quem responde, a pergunta mineiríssima: - Isso é “um pé de quê”?
Tal é, também, o título de um interessantíssimo programa de conhecimentos gerais, dirigido e apresentado, na TV Futura, pela versátil, culta, simpática e inteligente artista da rede Globo, Regina Casé.
A ESTRELA, EM CARNE E OSSO...
Pois não é que domingo passado, eu vi a artista Global chegar na fazenda que tem o poético nome de “Montes Verdes”, para conhecer um pouco mais sobre um pé de pau?
Regina Casé, depois de montada sua parafernália eletrônica, apontou para uma talvez centenária acrocomia aculeata e, rodeada de técnicos, iluminadores, cinegrafistas, sonoplastas, curiosos e outros muitos, sapecou logo a pergunta: - Isso é um pé de quê?
Indagou da pessoa certa, pois, estava diante de Synéas Martins Campello, filho de Lulu Campello e de Sá Lia, que ali vive desde 79 anos atrás, rodeado de palmeiras, de uma paisagem lindíssima, e que conhece tudo do assunto sobre o qual era perguntado...
Synéas estava muito à vontade, eis que, cercado da esposa, dos filhos, tão queridos, das noras e dos netos inteligentes e irrequietos, além de ter ao derredor aqueles homens simples e amigos, que o ajudam na dureza da vida diária.
UMA AULA DE BOTÂNICA MINISTRADA PELA VIDA...
É lógico que deixou de lado o nome científico da palmeira e explicou que se achavam diante de um dos incontáveis pés de macaúba da região, talvez herança dos índios Cariris, e cujos frutos são popularmente chamados de cocos-babões, cocos-de-espinhos ou cocos-catarro.
Pesquisador atento, colecionador de textos e arguto observador, Synéas tinha muita coisa a contar, a fim de matar a curiosidade da entrevistadora e de todos nós, que acompanhávamos os passos dos dois.
Homem que não foi além do quarto ano do curso primário, mas nunca deixou de ler, estudar e contemplar a natureza, começou por mostrar, distribuídas em vários pratos, as muitas fases de beneficiamento do fruto. Todos viram as amêndoas maduras e verdes, inteiras ou trituradas; a casca do coco, de grande valor combustível; a ração para gado e aves, de excelente qualidade nutritiva; o óleo grosso e o refinado, que podia ser extraído a baixo custo; o valor de tais líquidos, para produção de cosméticos, e a excelência do sabão, oriundo daqueles coquinhos, que pareciam valer tão pouco...
O “PROFESSOR PARDAL”...
O importante, e o que suplantou a expectativa de todo mundo, ali presente, foi a constatação de que aquele maquinário de beneficiamento da macaúba é filho da observação e da experimentação de Synéas, que dedicou sua vida às pesquisas e ao desenvolvimento do sistema que criou. Tudo pensado por ele! Tudo fabricado por ele! Máquinas rudimentares, concebidas a partir de outros aparelhos já em desuso ou inservíveis, eram o dínamo a mover aquele homem obstinado, que alimentava ideal e sonhos a cumprir.
Criativo demais, os amigos davam-lhe o apelido de “professor Pardal”, pois a exemplo daquela habilidosa figura das histórias em quadrinhos, ele não se detinha diante das dificuldades. Sempre chegava a uma nova solução...
DESAMBICIOSO E DESPRENDIDO
Synéas nunca escondeu o que recolheu através de muita experimentação e observação. E ao longo da vida, vem se prestando a difundir seus conhecimentos e exibir as grandes vantagens do cultivo e do aproveitamento da macaúba.
Recebe visitantes de todos os pontos do Brasil e dá aulas práticas para doutores, , sendo que até mesmo um grande grupo de caciques de uma tribo do Xingu, já esteve conhecendo e aprendendo os métodos que emprega na exploração de sua fazenda.
Quando lhe perguntam se já ganhou dinheiro com a difusão do conhecimento, responde que a melhor paga é mesmo poder ensinar...
E Synéias é exatamente assim, bastando a constatação de que nunca registrou patentes de qualquer uma das suas iinvenções.
UM DIA INTEIRO DE ENSINAMENTOS
Fazendo girar suas máquinas rudimentares e barulhentas, que rompem a paz do lugar, o modesto fazendeiro-cientista não parou de discorrer sobre sua ação. Regina Casé e equipe sempre eram satisfeitos em sua curiosidade, eis que, postados diante de um homem tão diferente, tão desigual, que praticamente privado da visão, continua pesquisando, aprendendo e lendo através dos olhos da única filha mulher, Maria Angélica.
O HOMEM SENTIMENTAL
Ele gosta de falar dos pais e de outros antepassados. Reverencia a memória dos amigos que já se foram e volta o pensamento para os irmãos que morreram, meninos ainda, na “casa velha da fazenda”.
De repente, dá uma trégua em suas lições de vida, despe-se do chapéu surrado e seu rosto envelhecido pela dura faina se ilumina! É quando os olhos, enevoados pela quase-cegueira, ganham uma luz que talvez lhe permita ver Deus! E aí conta que, daquelas terras diminutas e das palmeiras que apontam para o céu, tirou o necessário para colocar, heroicamente, um diploma de doutor nas mãos de cada um dos filhos...
UM ALMOÇO BEM MINEIRO
Chegou o momento da trégua, para a refeição da equipe da TV Futura e de quantos participavam daquele dia particularmente significativo.
Sentado com Dona Deja, esposa e companheira de lutas, ao lado da famosa artista da rede Globo, Synéas continuou mostrando o seu talento diversificado, declamando textos que a sua prodigiosa memória guarda de cor e que foram o complemento (mais do que dispensável) para temperar o almço, rigorosamente mineiro, que mereceu aplausos de todos os presentes, além de provocar suspiros pelas deliciosas sobremesas que foram servidas.
UMA SURPRESA EMOCIONANTE
Quando o sol já se escondia por detrás dos verdes montes, a apresentadora do programa “Um pé de quê?” viu-se surpreendida por uma comovedora homenagem, que lhe fora escondida o dia todo.
Estava no lugar propício: Jequitibá, em cujo município fica a fazenda “Montes Verdes”, é reconhecidamente a “Capital Mineira do Folclore”, e tal manifestação da arte e da alma popular não poderia estar ausente naquela ocasião.
Entoadas por Dona Deja e suas irmãs, ouviram-se, para coroar aquele dia tão feliz, cantigas de roda, que fizeram Regina Case, e todos nós, nos despedirmos do encontro com muita alegria e emoção.